quarta-feira, 1 de agosto de 2007

LENDAS 2

A Lenda da Vitória Régia

Havia uma jovem índia que apreciava muito as estrelas e queria se transformar
em uma delas. Ela acreditava que, para se tornar estrela, precisava ter contato com a lua.
Então, um belo dia, caminhou em direção aos picos das colinas.
Ao cair da noite, a lua surgiu com todo o seu esplendor, acompanhada de estrelas radiantes. A jovem índia, buscando tocar a lua, que refletida no lago naquele momento, se desequilibrou, caiu e desapareceu nas águas.
A lua, ao ver o que acontecera, ficou com pena da bonita jovem e resolveu, então, transformá-la em uma flor - Vitória-Régia, a estrela das águas, tão linda quanto as estrelas do céu e com um perfume inconfundível.
A Lenda da Mandioca
Mani era o nome de uma indiazinha de pele branca como o luar, que nasceu para um casal de índios tupis. Era muito mimosa e boazinha, mas nada comia. Por isso, foi definhando até que morreu, silenciosamente, em sua pequenina rede. Seus pais, arrasados, fizeram seu túmulo no interior da própria oca onde moravam.
Regada a terra com lágrimas dos pais desolados e com a água pura de uma fonte próxima, eis que uma nova planta germina, rachando a terra com suas grossas raízes. Examinando-as, os índios logo perceberam que por baixo de uma delgada casca, essas raízes eram brancas como a pele da menininha morta e forneciam alimento raro e saudável que tornava os curumins que as comiam mais fortes e belos que os da outras tribos.
A planta, que hoje é o principal alimento dos índios, começou a ser chamada de manioca... até mandioca.
A Lenda do Guaraná
Na tribo dos Maués, um lindo e bondoso curumim foi atacado na mata por Juruapari, espírito do mal que, assumindo a forma de uma serpente peçonhenta, o picou e matou. Tupã, o Deus supremo dos indígenas, vingou-se do espírito mau regando com suas chuvas o túmulo do indiozinho. Dali, germinou uma planta benéfica, cujos frutos se assemelhavam aos olhos grandes da criança desaparecida. Era o guaraná, que, a partir de então, passou a trazer saúde e felicidade para a tribo
A Lenda do Boto

Existem dois tipos de botos na Amazonia, o rosado e o preto, sendo cada um de diferente espécie com diferentes hábitos e envolvidos em diferentes tradições. Viajando ao longo dos rios é comum ver um boto mergulhando ou ondulando as águas a distância. Se diz que o boto preto ou tucuxi é amigável e ajuda a salvar as pessoas de afogamentos, mas dizem que o rosado é perigoso. Sendo de visão ineficiente, os botos possuem um sofisticado sistema sonar que os ajuda a navegar nas águas barrentas do Rio Amazonas. Depois do homem eles são os maiores predadores de peixes. A lenda do boto é mais uma crença que o povo costumava lembrar ou dizer como piada quando uma moça encontrava um novo namorado nas festas de junho. É tradição junina do povo da Amazônia festejar os Dias de Santo Antonio, São João e São Pedro. Em estas noites se fazem fogueiras e se queima foguetes enquanto se desfruta de comidas típicas e se dança quadrilhas e outras danças ao som alegre das sanfonas. As lendas contam que em estas noites, quando as pessoas estão distraídas celebrando, o boto rosado aparece transformado em um bonito e elegante rapaz, mas sempre usando um chapéu, porque sua transformação nao é completa, pois suas narinas se encontram no topo de sua cabeça fazendo um buraco. Como um cavalheiro, ele conquista e encanta a primeira jovem bonita que ele encontra e a leva para o fundo do rio, engravidando-a e nunca mais voltando para vê-la. Durante estas festividades, quando um homem aparece usando um chapéu, as pessoas pedem para que ele o retire para que não pensem que ele é um boto. E quando uma jovem engravida e não se sabe quem é o pai, é comum dizerem ser 'do boto'.

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